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sábado, 27 de abril de 2013

Assum Preto




Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego do óio
Num vendo a luz,ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pio
Furaro  os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai,cantá de mio
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum Preto,o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus

Gonzaga, o Luiz.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Conversa com o super-herói na calçada


    Só preciso de tempo, sei que as coisas parecem mais fáceis para você e que eu não preciso ficar chorando que nem boba pelos cantos.Esse processo pelo qual passo é lento, árduo, tudo isso está impregnado na minha pele desde a infância.Dentro de mim existem estes moinhos que não funcionam que eu os ativo hora ou outra mas aí eles param, não aguentam toda essa pressão.Não estou  dizendo que vou desistir, somente quero que entenda o meu tempo.
 
   Suas palavras são belas e irei te respeitar a  vida toda, te admiro , te amo, mas nesse momento prefiro que fique quieto e me abrace, sem lições - o que é certo ou errado, o que é doce ou amargo.Sorria pra mim , mostra seus dentes.
   
     Você é meu parceiro, meu cúmplice e assim será por toda a vida, a gente sempre esteve no mesmo barco e atravessamos rios juntos, mas dessa vez espalharei minhas asas e voarei para o outro lado , porém essa viagem precisarei fazer sozinha.
 
    O mel da vida  apodreceu em minha boca e eu ainda estou tentando achar a cura para isso,quero apontar os olhos que olham para mim para outro lugar.Quero provar a minha inocência sem abrir a boca e causar tumulto.Eu não sei de nada,o feio que era feio ficou belo , as luzes do meu lar agora são violetas e o resto do mundo cinza.
 
    Meu amor, eu ainda não aprendi a dizer não, ainda me preocupo em acariciar o rosto aveludado de quem só me faz mal e ferir quem quer meu bem.Essa minha cegueira presa nessa gaiola da visão, essa minha armadura enferrujada,  essa minha pele fina, esses meus seios doloridos.




Se continuarmos aqui sentados levaremos a noite toda  e eu não conseguirei te convencer do certo ou errado nem você a mim.
 


 


   
     


sábado, 6 de abril de 2013

Tão longe e tão perto

       Mais uma vez tento resgatar na memória quando tudo isso começou, tenho investigado, corrido atrás de vestígios, textos publicados.Sinto que esse ciclo está prestes a acabar, e talvez ele se feche e eu ainda tenha dúvidas- será que ele  fecha se ainda houver dúvidas? Fico me perguntando isso todos os dias, nas minhas  duas e únicas horas semanais vagas que esse assunto insiste em volta na minha cabeça.
 










Só quero te dizer adeus de uma foma mais agradável  que a última vez.