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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sobre a pele em que habito


Uma camada grossa sobre a outra, que o tempo dilacera. Corpo que se pergunta, confunde-se, perdoa e agride.
Quem está dentro de mim?
Prometi perdão ao mundo  mas era mentira, culpo a camada grossa que me cobre por isso.
Anos atrás com dentes tortos e agora com grades impedindo o sorriso, é estética. Mal sei sabendo que daqui alguns anos isso não valerá de nada, eles apodrecerão como a minha carne embaixo da terra em um futuro creio eu ainda mais distante.
Alma, corpo, cérebro, sentimento, perfil. O perfil que me cobre e que desejo mostrar ao mundo da cegueira branca. Já que todos estão cegos  não me vejam.

Abri a mão e com um olhar profundo vi as minhas chagas, ao mesmo tempo tenho descascado como uma pintura velha. Mas já que estão cegos prefiro que não me vejam.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Como disse Santo Agostinho


A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.

[ a saudade aperta , mas sei que está do outro lado do caminho olhando por mim, te amo]