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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sobre a pele em que habito


Uma camada grossa sobre a outra, que o tempo dilacera. Corpo que se pergunta, confunde-se, perdoa e agride.
Quem está dentro de mim?
Prometi perdão ao mundo  mas era mentira, culpo a camada grossa que me cobre por isso.
Anos atrás com dentes tortos e agora com grades impedindo o sorriso, é estética. Mal sei sabendo que daqui alguns anos isso não valerá de nada, eles apodrecerão como a minha carne embaixo da terra em um futuro creio eu ainda mais distante.
Alma, corpo, cérebro, sentimento, perfil. O perfil que me cobre e que desejo mostrar ao mundo da cegueira branca. Já que todos estão cegos  não me vejam.

Abri a mão e com um olhar profundo vi as minhas chagas, ao mesmo tempo tenho descascado como uma pintura velha. Mas já que estão cegos prefiro que não me vejam.

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