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terça-feira, 17 de julho de 2012

Minha armadura e suas camadas

  É como se fosse uma camada de metal que fica entre a pele e os músculos, que me faz pesar e dificulta cada troca de passo que  aventuro a dar.
  Tenho uma esperança falha , sonho com gatos que nadam em rios violetas.É como caminhar pela rua sonhando em um dia achar sobre o asfalto quente um bilhete da Mega Sena premiado.
  Ainda com meus quinze anos eu sonhava em ver o meu Deus de perto,mas hoje acho que já devo ter trombado com ele em alguma dessas esquinas escuras em que estou acostumada andar e nem reparado.[Nada,absolutamente nada mudou].
  Esse meu coração que é só uma bomba de sangue que não serve para nada além do fato de me manter viva.Viva mas parada, ensimesmada.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sobre Nossas Conversas ,Sonhos e Nossos Ídolos

 Antes dele ser internado (isso bem antes dele se entregar) nós sonhávamos em dividir uma casa,do nosso jeito,cheia de sonhos e livros e filmes.Faríamos a vida inteira a mesma coisa que estávamos fazendo naquele momento,passaríamos madrugadas acordados talvez discutindo filosofia ,tentando entender Hitler, trocando frases de Nietzsche.Eu colocaria o meu vinil do Dylan para tocar e ele o do Queen ou da Joni Mitchell ou do Johnny Cash. Chegaríamos cansados após um dia inteiro de trabalho, mas ainda teríamos disposição para todo o restante.
 Um dia ele me disse que as vezes não importa o que façamos algumas pessoas vão embora,e temos que deixá-las partirem.Essa foi nossa última conversa.
  Hoje tenho dado adeus aos meus amores e os desejado sorte.