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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Menina Branca

   Preza dentro de incertezas: de manhã um céu azul, a tarde já tomando forma trocando a cor. Coração na mão, na boca, e então ele volta ao seu lugar. As batidas que há dias já descompassadas agora em um ritmo mais acelerado.  Já havia me esquecido o gosto da lágrima, hoje com o terceiro dia de choro coloquei a língua para fora e senti.
    De hora em hora lembro-me daquele sorriso largo, a luz bonita e rara. Não me deparo há tempo com gente assim, convivo em um mundo de sorrisos falsos, pessoas de almas escuras. Ela não, sempre cercada de sonhos, um pouco Maria subindo no pé de manga, brincando com o tatu bola, menina mulher.
   E agora já não me cabe pensamentos, lembranças, somente impotência diante o movimento das pedras. Só espero; pode-se chamar de fé, os mais religiosos às vezes chamam a esperança assim. Agora é noite, não posso prever o céu.

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