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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Carta para um amigo


     Eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesma, não é necessário chamar a polícia, gritar na rua para que todos ouçam. É o tempo seco que faz os meus olhos coçarem e meu nariz sangrar. Ontem observei a vizinha feliz passeando com o cachorro, achei a cena bonita e isso me deixou feliz por alguns minutos.

     Já sentiu como tivesse se jogado do trigésimo andar e não morrido? É uma sensação estranha, é como que você gritasse e nem Deus te ouvisse. Outro dia você me perguntou como anda o coração ,então, todo alguém que amo é como se  tivesse que alcançar a lua inacessível, eu não amo ninguém.
     Estou aguardando essa vida desconhecida e mágica que anda dormindo do meu lado calada.A rua continua cheia de gente comprando e vendendo coisas  e a vida continua bela e cruel despida, desprevenida e exata que um dia acaba.




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