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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

a loucura e a melancolia

Passo os dias arrumando e desarrumando a vida, é como um ciclo vicioso do qual me enterro entre as insanidades que assolam a minha cabeça. Tenho usado a memória como uma espécie de passaporte de ‘’desterramentos’’.
Já é noite, e observo o meu quarto desarrumado, e entro na dúvida de usar o pouco do tempo que me resta do dia para arrumá-lo ou ler um livro. Minha vida tem se dividido entre as tarefas chatas da faculdade de administração a qual curso – essa a qual busco me convencer que a faço por um bem maior e usar isso em função do meu trabalho com produção teatral; o meu trabalho no Departamento de Cultura em uma cidade próxima, meu trabalho como atriz, o meu trabalho... o namoro e arrumar o meu a quarto, preciso arrumar o meu quarto, pois semana que vem ele estará insuportável de conviver, mas ao mesmo tempo quero ler o livro que ganhei no amigo secreto de 2012.
Acredito estar arrumando a minha vida, esse é o momento em que estou – o da arrumação, mas ao mesmo tempo em que questiono se não estou congelando o cérebro e de repente eu não precise pirar para me sentir viva.
Tenho procurado nos gurus que vivem na minha cabeça alguma explicação por esse ritmo lento do batimento do meu coração, já não me reconheço mais, é como se não houvesse conflitos na minha vida, mas que estou participando de uma batalha sem fim, a qual deixa o meu corpo diariamente cansado.

Essa calmaria me assusta, é como se daqui a pouco um vulcão fosse entrar em erupção e tudo fosse se dissipar novamente, o meu corpo fosse queimado pelas lavas, e eu tivesse que recomeçar tudo . É, tá bom, isso é meio trágico, mas é o que parece inevitável na minha vida. 

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